Uma nova metodologia permite entender o que ocorreu com os 18% do que foi desmatado em toda Amazônia. A área de estudo, realizado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), abrange os nove estados da Amazônia Legal e analisa os dados do desmatamento entre os anos de 2007 e 2008.
Chamado de TerraClass, o sistema foi lançado nesta sexta-feira (02) e revela o que aconteceu com a floresta após o desmatamento. A iniciativa partiu de uma solicitação do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, que queria qualificar o desflorestamento mapeado pelo Projeto de Monitoramento do Desflorestamento na Amazônia Legal (PRODES).
O estudo refina dados já conhecidos, como a ocupação das pastagens dentro das áreas desmatadas. Até 2008, a floresta perdeu por desmatamento o total de 719. 210 km² (uma área quase três vezes o tamanho do estado de São Paulo).
Segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), 70% do que foi desmatado na floresta foi destinado aos pastos. Entretanto, o levantamento aponta que essas áreas correspondem a 62,2%, entre pastos limpos, pastos sujos e pastagens abandonadas.
“Foi a confirmação de algo que já esperávamos, como a grande presença da pecuária dentro das áreas desmatadas”, diz Mauro Pires, diretor do Departamento de Políticas de Combate ao Desmatamento da Secretaria Executiva do Ministério do Meio Ambiente.
Regeneração de área desmatada
A floresta em regeneração foi uma das surpresas positivas do estudo. De acordo com TerraClass existem 150.815 km² de matas secundárias, áreas que, se permanecerem intactas, podem recuperar a biodiversidade natural. O tamanho equivale a sete vezes a área do estado do Sergipe. “O objetivo do programa é fazer um melhor aproveitamento das áreas já degradadas e reconhecer onde podemos recuperar áreas de floresta”, diz Pires.
Com um custo de R$ 600 mil, as pesquisas contaram com apoio do Ministério do Meio Ambiente, por meio do Programa Piloto para Proteção das Florestas Tropicais do Brasil (PPG-7), financiado pelos sete países mais ricos do mundo, mais a Holanda e a Comissão Europeia, com gestão do Banco Mundial.
A ideia agora é tentar aplicar a metodologia do TerraCalss paralelamente aos dados do PRODES. “Ainda não temos certeza da verba para essa aplicação, mas, se conseguirmos implementar os dados, vamos poder olhar o desmatamento de forma mais pontual”, afirma Pires. Isso pode ajudar não só no combate da degradação da floresta, como também na criação de políticas públicas para o uso das áreas de pastagens abandonadas, que representam 48 mil quilômetros quadrados.
Chamado de TerraClass, o sistema foi lançado nesta sexta-feira (02) e revela o que aconteceu com a floresta após o desmatamento. A iniciativa partiu de uma solicitação do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, que queria qualificar o desflorestamento mapeado pelo Projeto de Monitoramento do Desflorestamento na Amazônia Legal (PRODES).
O estudo refina dados já conhecidos, como a ocupação das pastagens dentro das áreas desmatadas. Até 2008, a floresta perdeu por desmatamento o total de 719. 210 km² (uma área quase três vezes o tamanho do estado de São Paulo).
Segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), 70% do que foi desmatado na floresta foi destinado aos pastos. Entretanto, o levantamento aponta que essas áreas correspondem a 62,2%, entre pastos limpos, pastos sujos e pastagens abandonadas.
“Foi a confirmação de algo que já esperávamos, como a grande presença da pecuária dentro das áreas desmatadas”, diz Mauro Pires, diretor do Departamento de Políticas de Combate ao Desmatamento da Secretaria Executiva do Ministério do Meio Ambiente.
Regeneração de área desmatada
A floresta em regeneração foi uma das surpresas positivas do estudo. De acordo com TerraClass existem 150.815 km² de matas secundárias, áreas que, se permanecerem intactas, podem recuperar a biodiversidade natural. O tamanho equivale a sete vezes a área do estado do Sergipe. “O objetivo do programa é fazer um melhor aproveitamento das áreas já degradadas e reconhecer onde podemos recuperar áreas de floresta”, diz Pires.
Com um custo de R$ 600 mil, as pesquisas contaram com apoio do Ministério do Meio Ambiente, por meio do Programa Piloto para Proteção das Florestas Tropicais do Brasil (PPG-7), financiado pelos sete países mais ricos do mundo, mais a Holanda e a Comissão Europeia, com gestão do Banco Mundial.
A ideia agora é tentar aplicar a metodologia do TerraCalss paralelamente aos dados do PRODES. “Ainda não temos certeza da verba para essa aplicação, mas, se conseguirmos implementar os dados, vamos poder olhar o desmatamento de forma mais pontual”, afirma Pires. Isso pode ajudar não só no combate da degradação da floresta, como também na criação de políticas públicas para o uso das áreas de pastagens abandonadas, que representam 48 mil quilômetros quadrados.
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